O setor varejista foi o único que registrou crescimento no primeiro semestre, sendo este impulsionado principalmente pela venda dos grandes players do comércio eletrônico. Apesar da queda nos demais setores, a tendência é que o próprio setor de comércio eletrônico alavanque os demais, já que são comercializados produtos e bens de primeira necessidade que são processados pela indústria alguns do setor de serviços, por esta via.
A indústria de bem pesados, da construção civil são setores que não devem ter uma retomada ainda este ano, quanto o setor primário representado pelo agronegócio, este deve apresentar uma franca expansão e gerar um saldo positivo, como já aconteceu no primeiro semestre deste ano. A retomada da economia como um todo essencial para recuperação econômica do país.
Produção industrial já mostra sinais de aceleração, os primeiros números do mês de junho ante maio mostrou que entre as 15 capitais pesquisadas, houve crescimento em 14, ampliação do desempenho reflete o movimento de retorno da produção industrial antes paralisada por conta da pandemia.
No estado em que encontra-se o maior parque industrial do país, em São Paulo, houve um avanço de 10,2%. Os demais aumentos ocorreram nos estados do Amazonas, Ceará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Pará, Goiás, Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo. O estado do Mato Grosso foi o único que registrou crescimento negativo.
Quando comparado os resultados obtidos no mês de junho de 2020 com o mesmo mês do ano passado, a produção industrial encolheu em 12 dos 15 estados pesquisados, sobre o resultado, o IBGE ressaltou que “Permanece movimento de menor intensidade no ritmo de produção dos trial, ainda influenciada pelos efeitos isolamento social e que afetou processo de produção de várias unidades produtivas no país “.
Os resultados preliminares do mês de julho mostram que a recuperação acelerou e ficou bem acima do esperado. nos primeiros meses do ano até o mês de maio foi o setor varejista que apresentou os melhores resultados, impulsionado sobretudo pelo comércio eletrônico. As venda no varejo brasileiro por ser 18% em junho na comparação com maio, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia estatística IBGE.
Não obstante, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico estima que as vendas on-line gerem uma receita de 106 bilhões em 2020, o que representa o crescimento de 18% em comparação com 2019, como essa projeção foi realizada antes do isolamento social, quando as restrições ainda não tinham sido impostas, o crescimento deve ser ainda maior.
O e-commerce deve ter um peso decisivo na retomada econômica no primeiro momento, as pessoas estão consumindo cada vez mais por este canal, até os produtos de primeira necessidade, como produtos de mercearia, açougue, frutas e verduras, padaria e farmacêuticos já são comprados em plataformas on-line. A mudança de comportamento não deve prejudicar a retomada do crescimento econômico do país, pelo contrário o e-commerce será um aliado decisivo.
Com isolamento social imposto, a maioria das empresas desenvolveram procedimentos que facilitam tanto a compra por meios on-line, como o pagamento, além da entrega com segurança dos produtos nas residências, sem nenhuma exposição do comprador com o entregador.
A boa receptividade do consumidor para comprar pela internet levou grandes grupos do atacado e até da indústria de produção a criarem canais on-line para vender seus produtos diretamente ao consumidor final. As empresas que desenvolveram engajamento nas plataformas on-line para comercialização de seus produtos tiraram vantagens nesse processo de retomada econômica.
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