O que o setor hospitalar e de serviços de saúde aprenderam com a pandemia do Covid-19

 



O isolamento social que a pandemia do coronavírus forçou muitos países adotar, deixou claro que o setor de saúde não estava preparado para enfrentar um problema com essa dimensão, além de revelar muitas falhas nos setores de vigilância de saúde de diversos países, no controle de disseminação de agentes patogênicos virais capazes de provocar uma pandemia.

Foi preciso fazer muitas adaptações e desenvolver protocolos para a prevenção do contágio do vírus, o setor de saúde de muitos países não têm condições de infraestrutura para atender uma onda de contágio em massa da população, por isso, foi adotado um período de quarentena com isolamento social da população e a paralisação de muitos setores da economia, apenas os segmentos considerados essenciais permaneceram em funcionamento, alguns com suas atividades funcionando parcialmente.

O setor de saúde por ser considerado essencial permaneceu em funcionamento, sem alteração de suas atividades, apenas os protocolos de atendimento e funcionamento foram alterados para atender as exigências das agências de saúde reguladoras. As medidas adotadas até então, visaram sobretudo a prevenção, pois ainda não existe um tratamento específico e 100% eficaz para conter o contágio ou imunizar a população, sendo o isolamento social com as medidas de higiene e uso de máscaras as únicas formas de prevenir o contágio e a propagação do coronavírus.

Até o momento o uso de máscaras e álcool em gel são as principais estratégias adotadas para fazer a prevenção e evitar o contágio, adotadas pelas agências de saúde reguladoras de vários países. Enquanto isso, pesquisas para uso de vacinas estão em estudo, algumas em fase de teste final. Para funcionamento dos estabelecimentos autorizados, protocolos de prevenção foram desenvolvidos em consonância com as medidas definidas pelas autoridades de saúde.

De acordo com o Departamento de Gestão de Riscos Infecciosos da Organização Mundial da Saúde (OMS) os esforços de preparação dos países devem ser mantidos e devem integrar intervenções inovadoras que salvam vidas. O guia preparado pela OMS chamado Spotlight destaca lições aprendidas com as pandemias ocorridas no passado, como a da gripe espanhola, que matou cerca de 50 milhões de pessoas no mundo.

O Spotlight também revela como o mundo está preparado para enfrentar novas crises e como o trabalho para lidar com a gripe sazonal pode aumentar a capacidade de preparação para pandemias no futuro. Quando aparece um novo agente que pode facilmente infectar as pessoas e se espalhar, a situação pode se tornar uma pandemia.

A pandemia do coronavírus deixa como lição para as instituições hospitalares e de saúde que não importa a localização, é preciso ter protocolos e equipamentos para lidar em uma situação de pandemia, tão como é essencial manter os profissionais atualizados e capacitados para enfrentar situações de vulnerabilidade epidemiológica de alto contágio. Os agentes patógenos ignoram fronteiras, classes sociais, condições econômicas, biotipos genótipos e até mesmo a idade.

Por isso, os órgãos de saúde governamentais reguladores, a vigilância deve ser constante, assim como o desenvolvimento de soluções para prever, conter, evitar e/ou tratar, caso no futuro ocorra outro surto viral com alto risco de contágio da população, como a gripe espanhola e o Covid-19. As soluções adequadas quando aplicadas no momento correto podem minimizar ao máximo os efeitos de uma pandemia.

Não obstante, a estratégia que todo país deve ter como prioridade na saúde pública, é a prevenção, controle, pesquisa e inovação para enfrentar uma pandemia. Segundo a OMS (2018), menos da metade de todos os países têm atualmente um plano nacional de preparação para pandemias. Em termos micro, as organizações hospitalares e serviços de saúde devem seguir a mesma tendência.


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