Intercâmbio no exterior para estudos ou trabalho

 Ter contato com novas culturas, domínio de outros idiomas e experiência profissional no exterior, pode deixar seu curriculum em evidência.



Quem não sonha ou nunca sonhou em estudar no exterior e/ou trabalhar. Durante muito tempo realizar esse sonho foi um privilégio para poucos riquinhos do país, filhos de empresários, políticos e famílias milionários..”


Passar 3 ou 4 anos no exterior fazendo o high school ou um curso superior não estava ao alcance da classe média até o início dos anos 2000, período antes marcado por crescimento baixo da economia, inflação e baixos salários. A pesar do câmbio vantajoso, a classe média não tinha poder aquisitivo suficiente para custear o estudo de um filho no exterior.

Na segunda metade dos anos 2000, com o crescimento da economia e estabilidade da moeda, maiores ofertas de trabalho e melhoria nos salários, além da oferta de bolsas de estudos por instituições internacionais, tão como programas do governo, estudantes da classe média puderam realizar seu sonho em estudar fora do país, principalmente em programas de pós-graduação mestrado e doutorado.

Não é muito difícil conseguir uma bolsa de estudos integrais em programas de pós-graduação em instituições no exterior, principalmente para quem atua nas áreas de exatas, engenharia, tecnologia e saúde. A União Europeia, Estados Unidos e até a China, oferecem anualmente, além de ser muito comum o financiamento de pesquisas por empresas norte-americanas. O pesquisador é tido como uma profissão nos EUA, e tem efeito para recolhimento previdenciário.

Existe uma modalidade de estudo muito praticada no mundo corporativo, mas também muito cara, o Master of Business Administration (MBA), pós-graduação destinada a profissionais de negócios e administração, mas é comum pessoas de outras áreas fazerem, já que tem um diferencial de grande destaque na carreira. De acordo com pesquisa feita pelo Graduate Management Admission Council (GMAC), divulgada em 2019, 88% dos empregadores têm a intenção de contratar candidatos com esse título.

O curso é uma oportunidade para que vai fazer no exterior, passar uma temporada fora do país, viver novas culturas, aperfeiçoar seu idioma, aprender novas habilidades de gestão e melhorar o curriculum. Por outro lado, não bastar apenas ter o dinheiro e querer fazer, é preciso muita dedicação aos estudos antes de candidatar-se, ter uma certa experiência comprovada de trabalho, domínio do idioma, bom histórico acadêmico e tempo disponível para participar do processo seletivo.

O processo seletivo pode exigir cartas de recomendação, comprovante de proficiência em inglês, além de testes teóricos e entrevistas. O candidato deve ter ciência que o investimento requerido é bastante considerável, um curso de dois anos na Stanford Graduate School of Business, por exemplo, com aulas presencial e integral, tem custo médio de 140.000 dólares. O programa é o primeiro do mundo na lista dos melhores MBAs.

Vale lembrar que além dos custos do curso, o aluno deve colocar no seu planejamento, todos os gastos com moradia, alimentação, transporte, lazer, etc., pois vai viver pelo menos dois anos no exterior. Soma-se a isso, as despesas com visto, passaporte, envio de dinheiro, entre outros. Não é um projeto que custa barato, nem para quem tem baixo poder aquisitivo. É uma decisão que pode significar um giro de 360 graus na carreira, e por isso, o profissional pode receber propostas de trabalho fora do país.

Trabalhar no exterior é uma ótima opção para ganhar experiência profissional, alguns executivos de multinacionais têm essa oportunidade de passar um período em filiais fora do país. Também é possível tentar uma colocação por conta própria ou em programas de intercâmbio para estudo e trabalho no exterior. Em países como o Canadá, a matrícula em um curso profissionalizante de longa duração nos chamados Colleges, permite que estudante trabalhe durante meio período, e após o curso, pode ficar até dois anos trabalhando. Os países para os quais há opções de trabalho são Estados UnidosCanadáAustrália, Nova Zelândia, França, Alemanha e Holanda.

Escolher estudar ou trabalhar no exterior, e/ou os dois ao mesmo tempo, é uma decisão difícil para profissionais em início de carreira, como os jovens universitários e executivos júnior. Outros fatores como ser casado(a), baixo domínio do inglês, ter dificuldade para adaptar-se a novas culturas, não ter apoio integral da família ou chefia, pode ser obstáculos para seu intercâmbio.

Por isso, antes de tudo, logo quando decidir definitivamente que vai fazer o intercâmbio para trabalho ou estudo, comece o planejamento de tudo, todos os gastos. O ideal é começar o planejamento a pelo menos dois anos antes. Lembre-se que o sucesso da sua carreira depende disso.


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